Chão de lagrimas
Carrego no ombro o peso do chão, o
passo da terra, uma estrada sem fim, um caminho sem volta. E retornando ao
tempo a procura de mais. Eu vejo na vida um infinito sem fim, um
espaço sem ar, uma dor de espera, uma saudade de paz. O tempo de espera,
que caminha sozinha, na rua da dor, na estrada da morte, no tempo sem
volta, que marca uma parte das margens da face, de uma linha que traça uma andança
na praça. E contornando e marcando, um campo de dor e assim disfarçando uma dor
amargar, transformadas em lagrimas num
rio a rolar, para mais tarde em uma rocha se transformar.
De joelhos suplico, carrego nos
ombros o peso pesado, na frente eu repito, não quero um mito, mais
sim um infinito, num dia bonito com tudo ficar. E juntos quebrando o infinito e sem medo eu
insisto, por ti não desisto, continuo e persisto, para ver o que sinto, num
sorriso distinto, em teu rosto brilhar. E nesse dia, nossa dor para de chorar e
assim, nossas almas acalmar.
E soprando ao tempo e gritando ao
vento, o ar que o mundo pode nos dar, para juntos
respirar, a lembrança de um olhar, que começa agonizar sem o medo de amar.
Neusa Maria dos Santos
São Jose, 25 de setembro de 2013.
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