A vida passa rápido

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Desconhecido universo

Em um vazio tão distante minha dor fica muito próxima. Não sei como ocupar o espaço aberto no meu coração, a uma passagem que não tem saída, fica a dor, a tristeza e o sofrimento. Na solidão do tempo, pergunto por quanto tempo ficarei assim na inércia do tempo. Sem solução para seguir em frente, penso no universo como um todo, que ocupa tudo e não cobre nada. Vivo na solidão sem entender porque não luto para conquistar a felicidade, que ficou parada no tempo, sem achar o caminho para a vida. Choro porque não posso  fazer nada, choro por estar no vazio do tempo. Encontro tantas pessoas, encontro tantas vidas que entram na minha historia, mas que não mudam nada, só lembro de uma historia que ficou parada em algum lugar sem a continuação para um mundo de paz. Esperar é o que mais faço no momento, mas não sei o que espero, se é a morte, ou a felicidade, tudo isso se torna tão distante, tão complexo, que parece algo impossível, morte e vida, o que é a realidade para um corpo que esta passando, que esta envergando, que esta enraizando em suas lembranças, em suas busca para uma vida que se perde nas procuras, nas lembranças, e no aguardo de uma certeza que tudo tem um caminho só. Penso, vejo, mais não compreendo de onde surge tantas perguntas, tantas duvidas, que não levam ao lugar algum. Hoje aqui sozinha, me pergunto para onde vou, para onde foram os que um dia por aqui passaram. Quem esta no comando, eu o universo, quem dita as regras, a natureza o espaço. Olho pro alto e vejo um infinito, um caminho tão distante de alcançar, que me pergunto, será que chegarei até o fim, será que alguém esta a me guiar, ou estou a navegar sozinha.  Me sinto tão pequena, tão frágil, num campo tão amplo e tão desconhecido, que minha energia se mistura com o ar e que na esfera da terra, se dividi com um espaço que não consigo entrar, então pergunto. Quem estar a governar, que pode mostrar o caminho que não tem começo e não tem fim. Seria imaginário ou seria real. Ninguém responde, ninguém surge, ninguém me ajuda.  E assim fico eu a esperar, até minha hora chegar e assim eu poder desvendar, mais para ninguém eu poder contar, pois o mistério reinar no céu, no mar e no tempo, por onde muitas pessoas ainda irão passar e esse mistério nunca irão desvendar, pois o lugar onde vivemos a caminhar um dia só iremos flutuar e nada mais iremos querer alcançar, pois no limite do ar estaremos a respirar, sem dor e sem magoa, de quem um dia nos solto a caminhar, por uma estrada que a nenhum lugar iriamos  chegar, mas só o tempo é que estava ali para nós acompanhar e para a o alto nos guiar. 
São José, 21 de abril de 2014.
Neusa Maria dos Santos.

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